quinta-feira, 17 de maio de 2012
segunda-feira, 14 de maio de 2012
PAISAGEM
PAISAGEM
Eis aqui um cão
e defronte um homem:
ambos o pão
da fome comem.
Olha o cão a vida
triste das pedras
(coitado do cão
que não pasta ervas)
e por fim já morde
o osso das trevas.
Olha a vida o homem
com saudade amarga.
Os olhos do homem
já não olham nada.
Só, em seus ouvidos
de carne fanada,
teimam os latidos
da morte e do nada.
BANDEIRA TRIBUZI
(1927-1977)
(1927-1977)
José Tribuzi Pinheiro Gomes
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Escritor Maranhense
Henrique Maximiano Coelho Neto
Nasceu : 21 de fevereiro de 1864 - Caxias-MA
Morte :28 de novembro - Rio de Janeir
Foi considerado o "Príncipe dos Prosadores Brasileiros", numa votação realizada em 1928 pela revista O Malho] Apesar disto, foi consideravelmente combatido pelos modernistas, sendo pouco lido desde então, em verdadeiro ostracismointelectual e literário.
Opiniões
Foi dos primeiros autores a manifestar preocupações ecológicas; assim como Euclides da Cunha, escrevia contra o desmatamento e as queimadas na Amazônia, deixando manifestos tais como o que diz: "Com a morte das árvores, desaparecem as fontes: rios que rolavam águas abundantes derivam agora de filetes rasos e tão escassos que uma quente semana de verão é bastante para secá-los; a caça rareia."[3]
Coelho Neto foi um dos folcloristas que, com visão romântica, procuraram resgatar a imagem da capoeira no país, até então vista como uma prática de marginais, como sendo um esporte genuinamente brasileiro; defendia que fosse ensinada nas escolas e nas forças armadas, nestas últimas como técnica de defesa pessoal.[11]
Obras
Dentre os principais trabalhos publicados por Coelho Neto, destacam-se:
- A Conquista
- Turbilhão
- Romance Bárbaro (1914)
- O Mistério (1920)
- Fogo fátuo, romance, (1929)
- Álbum de Caliban, contos, (1897)
- Contos da vida e da morte, contos, (1927)
- Mano, Livro da Saudade, romance, (1924)
- A cidade maravilhosa, contos, (1928)
- O polvo, romance (1924)
- Rapsódias, contos, (1891)
- Sertão (1897)
- A Bico de Penna
- Rei Negro (1914)
- Capital Federal, Impressões de um sertanejo, romance, (1893)
- A Conquista, romance, (1899)
- Tormenta, romance, (1901)
- Imortalidade, lenda, romance, (1926)
- O Paraíso (1898)
- Bazar
- Fogo Fátuo (1930)
- Fogo de vista (1923)
- Teatrinho (1905), coletânea de textos dramáticos para crianças, parceria com Olavo Bilac.
Um Grande Poeta da nossa Cultura
Artur de Azevedo
Nascimento : 7 de Julho de 1855 São Luis- Ma
Morte :22 de Outubro de 1908 - Rio De janeiro
uma de suas obras Poema : Velha AnedotaEm 1871 escreveu uma série de poemas satíricos sobre as pessoas de São Luís, perdendo o emprego de amanuense (copista de textos à mão).Seguiu para o Rio (1873), onde foi tradutor de folhetins e revisor de "A Reforma", tornando-se conhecido por seus versos humorísticos. Escrevendo para o teatro, alcançou enorme sucesso com as peças "Véspera de Reis" e "A Capital Federal". Fundou a revista "Vida Moderna", onde suas crônicas eram muito populares.Artur de Azevedo, prosseguindo a obra de Martins Pena, consolidou a comédia de costumes brasileira, sendo no país o principal autor do Teatro de revista, em sua primeira fase. Sua atividade jornalística foi intensa, devendo-se a ele a publicação de uma série de revistas, especializadas, além da fundação de alguns jornais cariocas.Era irmão mais velho do escritor Aluísio Azevedo, autor de "O Cortiço" e "O Mulato".
Tertuliano, frívolo peralta,
Que foi um paspalhão desde fedelho,
Tipo incapaz de ouvir um bom conselho,
Tipo que, morto, não faria falta;
Lá um dia deixou de andar à malta,
E, indo à casa do pai, honrado velho,
A sós na sala, diante de um espelho,
À própria imagem disse em voz bem alta:
— Tertuliano, és um rapaz formoso!
És simpático, és rico, és talentoso!
Que mais no mundo se te faz preciso? —
Penetrando na sala, o pai sisudo,
Que por trás da cortina ouvira tudo,
Severamente respondeu: — Juízo. —
Que foi um paspalhão desde fedelho,
Tipo incapaz de ouvir um bom conselho,
Tipo que, morto, não faria falta;
Lá um dia deixou de andar à malta,
E, indo à casa do pai, honrado velho,
A sós na sala, diante de um espelho,
À própria imagem disse em voz bem alta:
— Tertuliano, és um rapaz formoso!
És simpático, és rico, és talentoso!
Que mais no mundo se te faz preciso? —
Penetrando na sala, o pai sisudo,
Que por trás da cortina ouvira tudo,
Severamente respondeu: — Juízo. —
Danças Típicas da Cultura Maranhense
Danças Típicas da Cultura Maranhense
Cacuriá.
O cacuriá é uma dança típica do estado do Maranhão, no Brasil, surgida como parte das festividades do Divino Espírito Santo, uma das tradições juninas. A dança é feita em pares com formação em círculo, o "cordão", acompanhada por instrumentos de percussão chamados caixas do Divino (pequenos tambores). No final da Festa do Divino Espírito Santo, após a chamada derrubada do mastro, as caixeiras do carimbó podem descansar. É neste momento que elas passam à porção profana da festa, com o cacuriá. A parte vocal é feita por versos improvisados respondidos por um coro de brincantes. O ritmo é uma derivação do carimbó maranhense. Inicialmente, o cacuriá era praticado unicamente com as caixas, mas aos poucos foi-se acrescentando outros instrumentos, como banjo, violão, clarinete e flauta. A representante mais conhecida do cacuriá é Dona Teté do Cacuriá, uma percussionista maranhense muitas vezes creditada como uma das criadoras do ritmo e considerada responsável pela introdução dos novos instrumentos.
O cacuriá é uma dança típica do estado do Maranhão, no Brasil, surgida como parte das festividades do Divino Espírito Santo, uma das tradições juninas. A dança é feita em pares com formação em círculo, o "cordão", acompanhada por instrumentos de percussão chamados caixas do Divino (pequenos tambores). No final da Festa do Divino Espírito Santo, após a chamada derrubada do mastro, as caixeiras do carimbó podem descansar. É neste momento que elas passam à porção profana da festa, com o cacuriá. A parte vocal é feita por versos improvisados respondidos por um coro de brincantes. O ritmo é uma derivação do carimbó maranhense. Inicialmente, o cacuriá era praticado unicamente com as caixas, mas aos poucos foi-se acrescentando outros instrumentos, como banjo, violão, clarinete e flauta. A representante mais conhecida do cacuriá é Dona Teté do Cacuriá, uma percussionista maranhense muitas vezes creditada como uma das criadoras do ritmo e considerada responsável pela introdução dos novos instrumentos.
Tambor de Criola.
O Tambor de Crioula é uma das danças folclóricas maranhense de origem africana praticada por descendentes de negros no Maranhão em louvor a São Benedito, um dos santos mais populares entre os negros. É uma dança alegre, marcada por muito movimento dos brincantes e muita descontração. Os motivos que levam os grupos a dançarem o tambor de crioula são variados podendo ser: pagamento de promessa para São Benedito, festa de aniversário, chegada ou despedida de parente ou amigo, comemoração pela vitória de um time de futebol, nascimento de criança, matança de bumba-meu-boi, festa de preto velho ou simples reunião de amigos. Não existe um dia determinado no calendário para a dança, que pode ser apresentada, preferencialmente, ao ar livre, em qualquer época do ano.
Atualmente, o tambor de crioula é dançado com maior freqüência no período carnavalesco e durante os festejos juninos. A dança Tambor de Crioula não requer ensaios. Originalmente não exigia um tipo de indumentária fixa, mas nos dias atuais a dança pode ser vista com as brincantes vestidas em saias rodadas com estampas em cores vivas, anáguas largas com renda na borda e blusas rendadas e decotadas brancas ou de cor. Os adornos de flores, colares, pulseiras e torços coloridos na cabeça terminam de compor a caracterização da dançante. Os homens trajam calça escura e camisa estampada.
O Tambor de Crioula é uma das danças folclóricas maranhense de origem africana praticada por descendentes de negros no Maranhão em louvor a São Benedito, um dos santos mais populares entre os negros. É uma dança alegre, marcada por muito movimento dos brincantes e muita descontração. Os motivos que levam os grupos a dançarem o tambor de crioula são variados podendo ser: pagamento de promessa para São Benedito, festa de aniversário, chegada ou despedida de parente ou amigo, comemoração pela vitória de um time de futebol, nascimento de criança, matança de bumba-meu-boi, festa de preto velho ou simples reunião de amigos. Não existe um dia determinado no calendário para a dança, que pode ser apresentada, preferencialmente, ao ar livre, em qualquer época do ano.
Atualmente, o tambor de crioula é dançado com maior freqüência no período carnavalesco e durante os festejos juninos. A dança Tambor de Crioula não requer ensaios. Originalmente não exigia um tipo de indumentária fixa, mas nos dias atuais a dança pode ser vista com as brincantes vestidas em saias rodadas com estampas em cores vivas, anáguas largas com renda na borda e blusas rendadas e decotadas brancas ou de cor. Os adornos de flores, colares, pulseiras e torços coloridos na cabeça terminam de compor a caracterização da dançante. Os homens trajam calça escura e camisa estampada.
Dança de São Gonçalo.
A dança de São Gonçalo é um baile popular de caráter religioso de origem portuguesa, dançado em louvor ao santo português São Gonçalo do Amarante, que viveu no século XIII. A tradição popular considera São Gonçalo como um santo casamenteiro e dançador, que tocava viola e convertia as mulheres dançando com elas, tendo pregos em seus sapatos que feriam seus pés. Geralmente, a dança é motivada por promessa ou voto de devoção de alguém. Em frente ao altar, com a imagem do santo tendo na mão sua viola, formam-se dois cordões de seis pessoas do sexo feminino. As dançarinas se alternam cantando a uma só voz e fazendo movimentos para a esquerda e para a direita. Os cantos são quadras decoradas ou tiradas de improviso, com o acompanhamento de viola e rabeca. etc.
A dança de São Gonçalo é um baile popular de caráter religioso de origem portuguesa, dançado em louvor ao santo português São Gonçalo do Amarante, que viveu no século XIII. A tradição popular considera São Gonçalo como um santo casamenteiro e dançador, que tocava viola e convertia as mulheres dançando com elas, tendo pregos em seus sapatos que feriam seus pés. Geralmente, a dança é motivada por promessa ou voto de devoção de alguém. Em frente ao altar, com a imagem do santo tendo na mão sua viola, formam-se dois cordões de seis pessoas do sexo feminino. As dançarinas se alternam cantando a uma só voz e fazendo movimentos para a esquerda e para a direita. Os cantos são quadras decoradas ou tiradas de improviso, com o acompanhamento de viola e rabeca. etc.
Culinária do Maranhão
Origem : Culinária do Maranhão |
A cozinha maranhense sofreu influência de demasiadas culturas, tais como a francesa, holandesa, portuguesa, indígena e africana. Apesar da breve estadia, a gastronomia francesa marcou muito o local, mas a portuguesa e indígena são as mais importantes. O arroz e a farinha-d'água ou de puba são os ingredientes básicos. Mas ambos, em muitas circunstâncias, ascendem à categoria de prato principal ou quase.
A cultura maranhensa é expresa de várias formas:na música, no artesenato,nas festas,na culinária.
Comida
A comida é muito saudável, pois há pouca gordura e muito peixe fresco com moderado tempero à base de tomate, cebola, pimentão, pouco alho e cebolinha verde. Diferente daBahia, o Maranhão não utiliza muito a pimenta, preferem levá-la à mesa e cada um se serve como bem entender. Na carne se utiliza cominho em pó e pimenta-do-reino como tempero. Há também as tortas tipicas que são as de camarão (seco ou fresco), peixe seco (especialmente pescada, jabiraca e tainha), miúdos de galinha, sururu e caranguejo. Além de cozidos particularmente apreciados, como o sarrabulho, mocotó, chambari e tantos outros pratos.
[editar]Doces
São muito apreciados os mingaus, beijus, cuscuz e bolos, inclusive os não doces. Basicamente, entram na composição desses manjares as frutas regionais, massa de mandioca, macaxeira, Tapioca-de-Goma, Tapioca-do-Pará, milho, farinha de trigo, arroz, ovos, batata-doce, inhame, cará, farinha d'água, araruta, óleos, manteiga, leite de coco, fermento e entre outros.
Como condimento são utilizado o açúcar, sal, cravinho, canela, erva-doce, casca de limão, etc.
Os doces e frutas podem ser cristalizados, de massa e em calda (igualmente chamados de compotas). Os mais pedidos são os de bacuri, buriti, banana, laranja, abricó, murici,jaca, abacaxi, goiaba e caju. Tem-se as castanhas, pé-de-moleque, rebuçado, pastilha, suspiro, cavaca, não-me-toques, mãe-benta, cocada, alfelô, alfenim e os doces-de-espécie, com suas graciosas configurações de estrelas jurarás, cajus e corações (hoje praticamente desaparecidos de São Luís). E também os doces portugueses como os olho-de-sogra, quindins-de-iaiá, arrufos-de-sinhá, papo-de-anjo canudos de baba-de-moça, etc…
Um Dos Grandes Nomes Da Nossa Cultura
Gonçalves Dias
Nascido 10 de agosto de 1823 - Morreu em 3 de novembro de 1864
Vida e Obra
Gonçalves Dias nasceu em Caxias Maranhão no ano de 1823, filho de português e uma mestiça. Foi para Coimbra em 1838 onde estudou Direito, após formar-se voltou para o Brasil e dedicou-se ao jornalismo, trabalhou como professor de latim e na Secretaria de Negócios Estrangeiros. Morreu num naufrágio, voltando da Europa, a bordo do Ville de Boulogne, à vista do Maranhão.
Foi o precursor do Indianismo na poesia e produções do Romantismo brasileiro, retratou as tradições indígenas (personagens, ritos, lendas) no âmbito artístico de forma épica. Utilizou-se também do Medievalismo em textos como Sextilhas de Frei Antão, e do lirismo amoroso em excelentes produções da língua portuguesa.
Principais Obras Literárias: na poesia – Primeiros Cantos (1846), Segundos Cantos e Sextilhas de frei Antão (1848), Últimos Cantos (1851), Os Timbiras (1857), Poema I- Juca-Pirama; no Teatro – Patkull, Beatriz Cenci, Boabdil; e outros Gêneros – Meditação (1845/6) poemas em prosa, Dicionário da Língua Tupi (1857), Brasil e Oceânia (1852) memória histórica.
Características da Literatura Romântica de Gonçalves Dias
- Fundamentou as bases da poesia brasileira, consolidando o Romantismo. Incorporou à nossa escrita temas e formas que serviam de modelo até o modernismo;
- Dotado de Riqueza temática, abrangeu múltiplos assuntos em diversos aspectos, tais como: poesia Indianista, Lirismo amoroso, poesia saudosista, religiosa, medievalismo e poesia egótica.
Assinar:
Postagens (Atom)